Em entrevista ao Correio da Bahia, Jeanete Beauchamp falou sobre os benefícios e as dificuldades para o novo modelo de escola básica que, segundo ela, não se resume a aumento de carga horária. "A ampliação em mais um ano de estudo deve produzir um salto na qualidade da educação." Embora seja delicada, a missão promete vitórias. Alunos que já cursam o fundamental estendido têm crescimento comprovado nas avaliações escolares.
As primeiras experiências no país foram feitas em Goiânia, Porto Alegre e Belo Horizonte. À medida que os resultados positivos foram surgindo, outras cidades aderiram. Em 2003, o Ministério da Educação (MEC) começou a fazer reuniões para discutir as formas de colocar o novo ensino fundamental em prática em todo o país. O ano seguinte, 2004, foi o momento de partir para discussões mais focalizadas e troca de experiências.
A lei assinada pelo presidente Lula deu o prazo de cinco anos, entre 2006 e 2010, para que todos os sistemas educacionais do país, sejam eles públicos ou privados, realizem as modificações necessárias em termos de proposta pedagógica, currículo, organização dos espaços físicos, materiais didáticos, dos aspectos financeiros e dos próprios conceitos de educação infantil, havendo com isso necessidade de reelaborar as diretrizes. A cada ano, mais municípios se decidem pelo fundamental de nove anos. Hoje, ele já está presente, ainda que de maneira parcial, em 22 estados e no Distrito Federal. Em 2005, já eram mais de sete milhões de alunos matriculados no ensino fundamental ampliado.
Camila
Nenhum comentário:
Postar um comentário